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Preta Gil: "Não sou mulher de levar desaforo para casa!"

   A cantora fala sobre a declaração racista de político reacionário que a chamou de promíscua em programa de tevê

30/03/2011 10:28


Foto: Reprodução/ Twitter
Preta Gil com a TV portátil no camarim: show só depois do programa
O show de Preta Gil só começou depois do término do big Brother Brasil, nessa terça-feira (29), na festa de 35 anos da Equus, em São Paulo. Em seu camarim, ela acompanhou a vitória de Maria por uma televisão antiga e chuviscada. “Onde já se viu show na final do BBB?”, brinca ela. Desde o início a sua torcida era por Daniel, ela passou o dia votando nele. “Acho genial a Maria ganhar, é o primeiro BBB que uma mulher bonita ganha. Além da espontaneidade, ela tem muitos atributos: se entregou, pagou mico e foi ela mesma”, declara a fã assumida do reality.
Nessa segunda-feira (28), ao participar do quadro “O povo quer saber”, do programa “CQC”, Preta, uma das convidadas do quadro em que uma série de pessoas enviava perguntas ao deputado do PP pelo Rio de Janeiro, conhecido por ser de extrema direita, foi ofendida quando o questionou sobre o que faria se um de seus filhos namorasse uma mulher negra.
“Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como, lamentavelmente, é o seu”. O comentário decepcionou a cantora de uma forma que ela diz nunca ter imaginado: “Estou muito triste porque sou sempre disponível para participar dos poucos programas de humor que eu admiro, e o CQC é um deles. Fiz a pergunta sabendo do histórico dele, mas esperava uma resposta digna e prudente de um deputado”.
Foto: Reprodução/Twitter
Preta Gil e Ana Hickmann, convidada da festa onde se apresentou em São Paulo
Ela conta não assistiu ao programa, estava em casa fazendo suas coisas. Mas quando entrou no Twitter, ficou pasma com a avalanche de comentários sobre a declaração do deputado. Em menos de 10 minutos, o vídeo estava no You Tube.
Disse que ficou em estado de choque do início ao fim do quadro: “Eu que sou filha de um tropicalista, que foi exilado político por lutar pela liberdade cultural e artística. Essa pessoa é apegada a valores que não são os meus”.
Quando fez a pergunta, a filha de Gilberto Gil já sabia do histórico racista dele, mas esperava outra resposta. “As providências foram tomadas, está tudo nas mãos do meu advogado. Vou lutar na justiça, que espero que esteja do meu lado, que é o lado dos negros e homossexuais. Ele colocou o dedo na ferida e eu não sou mulher de levar desaforo para casa! Vem me chamar de promíscua, falar sobre a idoneidade da minha família?”.


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